Oi gente tudo bem?
Dessa vez resolvi falar sobre um assunto que gera muitas dúvidas, e espero esclarecer algumas dúvidas com esse post. Então vamos lá!
Dessa vez resolvi falar sobre um assunto que gera muitas dúvidas, e espero esclarecer algumas dúvidas com esse post. Então vamos lá!
PARABENOS!
Quimicamente,
os parabenos são derivados da esterificação do ácido p-hidroxibenzoico.
Dentre essa classe incluem: metilparabeno, etilparabeno, propilparabeno,
butilparabeno, isopropilparabeno, isobutilparabeno e benzilparabenos.
Beleza mas e o que isso tem haver com cosméticos?????
Os parabenos são uma das classes mais utilizadas de conservantes.
Primeiramente utilizados na década de 1920 pela
indústria farmacêutica. Possuem amplo espectro de ação, sendo ativos contra
fungos, leveduras e bactérias. Os mais utilizados são o metilparabeno e o
proprilparabeno em concentração que varia de 0,01 a 0,3%.
Os Parabenos
são amplamente utilizados na industria de cosméticos devido há algumas
características que fazem com que estes possuam uma compatibilidade com outros componentes das
formulações. Além disso apresentam baixa toxicidade e alergenicidade,
baixo custo, são inodoros, sem contar que podem atuar em um ampla faixa de pH.
Em 1984 a CIR (Cosmetic Ingredient Review Board) determinou que o
metilparabeno, o propilparabeno e o butilparabeno
eram seguros para uso em produtos a um percentual de até 25%, mas usualmente
utiliza-se de 0,01 a 0,35% .
Em 2003 surgiram alguns questionamentos sobre a toxicidade dos
parabenos, e em 2005 houve uma nova avaliação
dos limites de exposição e uso dos mesmos. E ficou determinado que não havia
riscos a saúde, então a CIR decidiu que não era necessário alterar a
regulamentação desses conservantes.
Em 2004 um
estudo independente constatou que foram detectados traços de parabenos em
tumores de mama. A detecção de ésteres do ácido p-hidroxibenzoico intacto em
tecido retirado de câncer de mama, sugere que a hidrólise por esterases da pele
pode ser incompleta, o que acarretaria o acúmulo desses conservantes nos
tecidos. A presença desses ésteres no corpo humano foi demonstrada por
meio de estudos in vivo e em seres humanos.
Estes traços
levantaram as propriedades, mesmo que fracas, similares aos estrogênios exercidas pelos derivados do
ácido phidroxibenzóico, bem como a conhecida influência dos estrogênios no câncer
de mama. O que os autores se esqueceram de avaliar foi a presença de parabenos
nos tecidos normais. Além disso, o FDA demonstrou, baseado em um outro estudo
independente, que essas substâncias apresentam atividade semelhando a hormônios
significativamente inferior, especialmente nas baixíssimas concentrações
utilizadas nos produtos.
Infelizmente, a divulgação desses estudos foi o suficiente para que a história caísse no senso comum da população e do mercado e os parabenos foram taxados como sendo perigosos para a saúde.
Palavras da ANVISA dizem o seguinte: "Os parabenos são substâncias
empregadas em formulações cosméticas com a finalidade
de conservação de produtos, preservando-os de contaminação a microorganismos.
Esta conservação se faz necessária como garantia de segurança de uso destes
produtos, protegendo o consumidor de contaminações. Antes de permitir que
substâncias sejam empregadas em cosméticos como conservantes, foram realizados
estudos de segurança, e estabeleceram-se concentrações de limite de uso,
dispostas na RDC nº 162/01. Em tais estudos foram considerados, por exemplo, a
toxicidade de cada substância, o grau de absorção considerando sua fórmula
química, e o uso concomitante de produtos cosméticos. Portanto, não há previsão de que o uso dos parabenos
dispostos na RDC 162/01 seja considerado ilegal em cosméticos, a
menos que sejam apresentados estudos realmente idôneos e com comprovação
cientifica que comprovem que estas substâncias não são seguras para uso,
contrariando os estudos realizados anteriormente."
Alternativas ao uso de parabenos
Mesmo com as
controvérsias do uso ou não de parabenos, vem crescendo o uso da expressão
“parabens free” como apelo de marketing para aumentar a aceitação dos produtos
e o lucro das empresas. Porém, a mudança de um sistema conservante envolve
muitas pesquisas científicas a fim de garantir a eficácia do novo conservante.
Além de tempo, grandes investimentos são feitos para a realização de registros
nos órgãos de fiscalização competentes, testes de estabilidade físico-químicos
e testes microbiológicos.
Os apelos
mais procurados para os conservantes são: Livre de parabenos
(paraben-free), sem formaldeído (non-formaldehyde releasing), sem
iodopropilbutilcarbamato (non-IPBC) e sem isotiazolinona (non-isothiazolinone).
Existem no
mercado alguns substitutos ao parabenos como isotiazolinonas. Essa molécula já
é utilizada em vários países inclusive no Brasil. Outros conservantes
utilizados incluem iodopropinilbutilcarbamato (IPBC), hexamidine diisethionate
e os blends fenoxietanol + pirotone olamine, diazolidinil uréia +
IPBC, fenoxietanol + caprililglicol, clorometilisotiazolinona +
metilisotiazolinona.
A metildibromoglutaronitrila
não é permitida na União Européia (UE)desde março de 2008 e os produtos que a
continham foram retirados das prateleiras européias até 23 de junho de 2008.
O ácido
benzóico também sofreu retaliações e teve a aprovação de seu uso modificada.
Ele só pode ser utlizado em produtos enxaguáveis a 2,5% ou menos, em produtos
para higiene bucal a no máximo 1,7%, e em produtos leave-on a um teor máximo de
0,5%. Os seus sais, como o benzoato de sódio e metil benzoato, só
podem ser usados a 0,5% ou menos em quaisquer produtos cosméticos.
O
iodopropinil butilcarmabato (IPBC) não pode ser utilizado em produtos orais
ou labiais, ou em produtos infantis (para crianças de até 3 anos), exceto nos
destinados ao banho e enxaguáveis. Na verdade, se for utilizado em outros
produtos, deve conter o aviso no rótulo: “não utilizar em crianças abaixo de
três anos de idade”. O IPBC também não deve ser usado em cremes e loções que
serão aplicados em grandes partes do corpo. De qualquer forma, ele pode ser
usado em aplicações enxaguáveis até 0,02%, em produtos leave-on até 0,01% e em
antiperspirantes ou desodorantes até 0,0075%.
Em função da crescente preocupação com a sustentabilidade, alguns conservantes naturais estão sendo utilizados nos chamados produtos verdes. Dessa categoria há no mercado o dihidroacetato de sódio e o hinokitiol, além de enzimas utilizadas para inibir o crescimento microbiano.
Algumas
indústrias adeptas ao uso de parabenos em suas formulações e até mesmo empresas
fornecedoras de parabenos questionam a substituição dos parabenos por outros
conservantes alegando a falta de fundamento científico e informação plausível
para essa substituição. Além de considerarem perigosa a troca de uma molécula
quimicamente bem conhecida como é o caso do parabeno por outras mais novas.
Bom pessoal,
espero que vocês gostem do post, e que que tenha sido útil! Qualquer dúvida é
só deixar nos comentários ( se eu souber eu respondo, se não souber prometo
pesquisar, hahaha). Queria deixa uma dica também: É legal saber o que compõe
nossos cosméticos? É! Mas não vamos ficar loucas com rótulos ok? Novos estudos
são feitos todos os dias, e se ficar provado os parabenos serão retirados do
mercado, afinal é temos a ANVISA pra isso.
Queria
deixar aqui dois links de posts também sobre Parabenos, são posts legais que
inclusive me ajudaram a escrever este. Aqui e Aqui.
Obrigada a todos vocês, beijos e até a próxima!
Obrigada a todos vocês, beijos e até a próxima!
9 comentários:
Oi Carol... tudo bem ?
sabe que eu não encano tanto com os parabenos,
por que se a formulação dos produtos contem eles, e se a marca tem registro na Anvisa, é por que o produto foi avaliado e liberado para um uso seguro.
Beijos
Pathy
http://soseforderimel.blogspot.com.br/
Isso aí Pathy! Não acho que vale a pena ficar encanada nisso! Obrigada pela visita! Bjs
Oi linda , amei seu blog !!!
Te espero lá no meu blog , e no meu canal tambem !!Se gostar se inscreve !!
Blog :http://ribeirogaby.blogspot.com.br/
Canal : http://www.youtube.com/user/pedritaribeiro?feature=guide
Adorei teu blog!
bjs
Raquel
www.raqueldonayhairdresser.blogspot.com
Carolzinha, eu acredito que se empresas grandes como a Surya Brasil,que exportam seus produtos livres de parabenos,principalmente pra Europa, que é um dos lugares mais exigentes em termos de qualidade,é pq o produto deve ser realmente bom!Com relação à ANVISA, eu tenho meu pé atrás tbm, pq já soube que rola muito "dindin" lá dentro... enfim, sou desconfiada pra caramba qdo o assunto é "órgão nacional do governo " ...rs Bjkas
http://clubedocabeloecia.blogspot.com.br
Erika vc ta certa!
Estudo na área de alimentos e muitos produtos que são proibidos lá fora (comprovados que fazem mal) aqui é permitidos e a ANVISA alega que é baixa concentração, sendo que ninguém usa a quantidade que é "recomendada" pq varia de pessoa para pessoa!
Oii, tudo bem? Gostei do seu blog e queria saber o que você acha do fato de derivados do petróleo (parafina, óleo mineral..) estarem sempre no começo da composição de produtos para cabelo. Quanto antes maior a quantidade dele no produto, correto? bjos
Gostaria de saber se os parabenos podem fazer mal aos cabelos ?
Eu nao entendi qual a sua real funcao quando usado nos cabelos !
Postar um comentário